A saga do tecido

Pra começar do começo, com algumas ideias na cabeça e sketches na mão, fui atrás dos primeiros tecidos. Batendo perna descobri uma loja que vende tudo da Africa, de quadros a pulseiras, bem pertinho de casa.

Bacana a loja, da porta dá para ver uma estante cheinha de tecidos, uma belezura, mas a maioria deles eram quenianos. Como não era exatamente o que eu tinha em mente, a vendedora me deu a dica que eu temia: "Shweshwe? Só no centro da cidade".

Aiaiaii...

Imagina que a 25 de Março foi teletransportada para a África. Agora imagina que todos os metros quadrados do centro (Todo. Todo mesmo. Até o cemitério daqui) são aproveitados como displays de todo tipo de produto. De adaptador de tomada a CD. Agora imagina uma mesquita, bem no meio de toda a confusão. Bom, isso é o centro da nossa Durban. Imaginou?

Com os prós e contras na balança, respirei fundo e decidi encarar o desafio. O que acabou sendo um ótimo passeio com direito ao pacote completo de turista, até bunny chow.

Mas descobri que é mais difícil encontrar o que estou procurando do que imaginava. Apesar de ver algumas roupas feitas com o shweshwe ou outros tecidos africanos, tive que andar um bom bocado pra achar uma loja bacana de tecidos. E quando achei veio aquela sensação de Uffaa, missão cumprida.

Que não durou muito.

No lado esquerdo das fotos é o cemitério!

Pois como nem tudo na vida é festa, a hora da mesquita tinha chegado. As lojas começaram a fechar, carros parando no meio da avenida e muita, muita, muita gente na rua. O caos era tanto que mal entrei na loja e já tive que sair correndo pra pegar o carro. E o medo que o estacionamento fechasse e eu tivesse que esperar até o final da tarde?